terça-feira, 8 de setembro de 2009

Buraco negro



Sou menina ainda, cheia de dúvidas, vaga das muitas experiências que essa vida há de trazer. Quero muito compreender as razões do acontecer, entendo que cada coisa tem seu tempo, mas por que por inúmeras vezes nos encontramos agarrados a pressa?

Esperar paciente pode ser o mais adequado em algumas situações do dia a dia, entretanto, existem momentos em que agir assim mais parece covardia, um agir que nada fala, nada faz ou questiona, ações em preto e branco que omitem a cor. Esperar cansa! Ainda mais com a forçada passividade esperada ao conduzir do processo.

Para que lugar viajou a coragem? A ação de busca pelo que pede o coração?

O medo ainda é vilão fala alto e tem uma voz forte, quer aparecer, se fazer presente a qualquer instante, quando entranhado nos frustra, explora, impede, escraviza. Encaminha-nos ao grandioso, ao grandioso e imenso buraco negro!

E é bem lá ao fundo onde a escuridão nos abraça que temos pressa, vozes se perdem ao gritar pela luz, mas ninguém escuta além de nós, ninguém vê. Quem percebeu que o medo era ilusão, para não fazer o que precisa ser feito, não conseguir enxergar a si próprio, nem ao outro? A vida está acesa, é luz que não se apaga, talvez nem após a vida, quem dirá durante ela.

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