sábado, 2 de outubro de 2010

Zarpar 2

Se a vida é o meu navio
Aprenderemos a varrer as estrelas
Antes de desabotoar o que era reservado
Enquanto a tormenta nos tentar alçar
Consertarei seu casco
Todas as vezes que parecer nos afundar
Com suas mãos íntimas demais
A percorrerem meu corpo
Talvez você lembre de como é navegar
Por lugares onde não temeria se perder outra vez
Seu olhar doce, seus cheiros
E toda a maresia
Da rota que decidimos seguir
Palavras estragariam tudo
Como em um piscar
Desarmado de qualquer ironia
O capitão estava entregue
Sentia o que almejava
Naquela alma de aventuras
Nadando por cima da pele macia
O mar se agitava quando
Entre-laços meu navio queimava
Celebrava o romance no seu espaço
Até tudo se esvair
Na velocidade da luz estrelar.

2 comentários:

Állyssen disse...

Seus poemas sempre cheios de elementos, faz-nos viajar ao lado do capitão...
Os peixinhos são lindos!

;* Álly

Mauricio Amorim disse...

Varrer as estrelas é o objetivo de todas as almas que desejam navegar até o infinito.

belo poema, te desejo cada vez mais inspiração.