Não é mais tão baldio o terreno que se foi
Devastado por um crustáceo astral e cruel
Um que me incentivava a conversar com estrelas
Enorme era a semelhança entre ambos
Hoje as procuro no céu e duramente as ignoro
São apenas pingos de desperdício
Quilos de amor guardados na voz do silêncio
Agir como um crustáceo seria perguntar:
Você não vê o quanto devastou?
Meu barco era o melhor
E o capitão não parecia um pirata perdido
A neblina escondeu todas aquelas suas partes bonitas
Enquanto cantava “eu sei que vou te amar”
Você nadava rumo ao sul, frio, até desaparecer
E aquele cheiro salgado do mar que a brisa trazia, gritava
Tudo gritava dizendo abandono
Sem sucumbir, a via partir
Partes da inocência iam junto à vulgaridade daquela mergulhadora
Disse apenas: siga em frente!
Para as velas do coração foi como zarpar
Dar voltas pelo oceano sem o perigo dos olhos negros aventureiros
Para encontrar um paraíso que não faça pesar tanto o coração.
7 comentários:
Um navegar com sensação de neblinas e música em alto mar, direto de um terreno baldio coberto por um céu estrelado...
assim foi a leitura de teu poema para mim.
Como já estou adorando o que escreves, estou seguindo e agradeço imensamente tua visita em meu cantinho.
Beijoos, linda!
Fiquei perdida ao entrar nesse barco tão movimentado, tenho que ressaltar aqui também que gostei muito do texto.
Bem "a sua cara".
:*
Sam
Como é bom navegar nas ondas doces de suas palavras, Eulandia. Palavras que imploram por uma navegação tranquila, de brisa no rosto, confortando o sorriso.
Legal seguir você por aqui!
Bjs
Déo
espero que o capitão se encontre em outros portos... lindo post.
people, adorei que vocês vieram "navegar" por aqui. agradecida pela poesia de cada comentário.
beijo grande.
que bom Dinha jorrando palavras!
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